sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sobre as oportunidades


Aparecem, permanecem (se assim quisermos) e desaparecem ... se não as soubermos agarrar.


Tendem à Introspecção, ao Questionamento e, por último, à Mentalização.


Tenho p'ra mim que muitas dessas oportunidades desaparecem devido aos problemas de consciência que possam surgir. Precaução? Preocupação? Ainda não entendi.




E é isto.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Sobre as desculpas

Sou bastante orgulhoso. Tenho trabalhado e tentado contornar ao longo dos anos - e depois de ter levado na cabeça uma catrefada de vezes - esta minha qualidade. 


Não gosto que me peçam desculpa: fico envergonhado, tímido e sem saber o que dizer - o responder "Estás desculpado/a!" tira-me do sério, provoca-me urticaria.


Não gosto que me peçam para pedir desculpa: só faz com que diga a palavra sem qualquer tipo de arrependimento. Digo porque a querem ouvir e digo com o ar mais irónico do mundo.


Não gosto que me digam: "As desculpas não se pedem, evitam-se!". Fico chei'da nervos! 


Toda esta problemática vem de um pequeno - GRANDE - pormenor: pedir desculpa implica ter falhado, e eu ODEIO falhar, seja com os outros, seja no trabalho! O erro tem, em mim, uma negatividade enorme: fico em baixo, fico triste, começo a achar-me incompetente/mau Amigo/mau namorado/o-que-que-quer-seja. Tento dar sempre o melhor e tento estar sempre à altura das situações. Os erros fazem parte do crescimento, é facto, mas eu prefiro prevenir o erro. Gosto de cativar o meu bem estar psicológico.


Relativamente aos erros, sou pessoa que ultrapassar rapidamente as más situações: acontecem, falo sobre elas, demoro o meu tempo - pouco - a ruminar o assunto e sigo em frente. Acho ridículas as situações em que se conversam sobre os assuntos e os dias seguintes são a tocar na ferida, a apontar, de novo, o dedo e a chamar à razão a pessoa que errou.


E é isto. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sobre o Natal

Ao longo dos anos o Natal tem-se tornado, cada vez mais, uma época à qual não ligo muito. Gosto das luzes. Gosto das músicas. Gosto do peru. Gosto do recheio do peru. 
Os meus Pais sempre seguiram a tradição do Natal: o Pai Natal vinha na noite de 24 para 25 e os presentes só se abriam dia 25 de manhã.
Lembro-me de ter uns 5 ou 6 anos e de viver muito o Natal. 
Lembro-me que pedia aos meus Pais para dormir na sala, de dia 24 para dia 25, escondido, para ver o Pai Natal. 
Lembro-me que ficava contente quando, no dia 25 de manhã, chegava à sala e via que as bolachas tinham sido comidas pelo Pai Natal (os meus Pais tiveram sempre o cuidado de deixar umas migalhas) e que o leite também tinha sido bebido. 
Quando descobri que o Pai Natal não existia - foram os meus primos que me destruíram o sonho: OBRIGADO! - tive como preocupação, durante alguns anos, descobrir onde é que os meus Pais escondiam os presentes e tentar ficar acordado o máximo de tempo para ver se ouvia alguma coisa - acho que os meus Pais nos drogavam na noite de Natal para adormecermos cedo e poderem fazer a vidinha deles descansados - pfffffffffffff. Durante esses anos de busca incessante pelos presentes dei por mim armado em 007:
- procurei em todas as divisões da casa, várias vezes por dia;
- procurava dentro de armários, várias vezes por dia;
- cheguei a pensar em compartimentos secretos - acho que aqui atingi a loucura;
Nunca descobri onde é que escondiam os presentes... já lhes perguntei diversas vezes e a resposta é sempre: 
- "Há coisas que não tens de saber, Miguel!" - por mim, tudo bem! 


Este ano o Natal foi diferente, muito mais agradável. O jantar de dia 24 era sempre em casa dos meus Pais, com os meus Avós Maternos; dia 25 almoçávamos em casa da Avó Paterna e tínhamos jantar em casa dos Avós Maternos - era uma correria, sei lá! 
Este ano o meu Irmão armou-se em independente e decidiu ir morar com a namorada - pessoa que prezo bastante!
O meu primeiro pensamento foi "O que é vai ser da nossa noite de 24? Os meus Avós já não estão em condições de saírem de casa, o anormal do meu Irmão saiu de casa...o jantar de 24 vai ser só com os meus Pais!" - hiperventilei um bocado quando me apercebi da real situação: o meu Irmão saiu de casa e os meus Avós estão realmente velhinhos - gosto de manter a ideia de que os meus Avós são eternos. 
E assim foi, dia 24 jantei com os meus Pais, porém, recebemos a inesperada visita do meu Irmão e da namorada. Conversa, mais conversa e mais conversa. Rumei a casa da minha Bró e lá passei a 00h00, em óptima companhia. 
Dia 25 de manhã abrimos os presentes: de ano para ano, a nossa árvore está cada vez mais "pobre" no que toca aos presentes! Lembro-me de ver a árvore chei'da presentes... agora tem dois ou três embrulhos e dois envelopes dos meus Pais, para mim e para o meu Irmão. 
Os meus Pais, ao longo do tempo, têm tentado inovar no que toca aos presentes de Natal: ora é um cheque, ora é só transferência... este ano houve um mix: um cheque personalizado e uma transferência! Foi fofinho! 






E é isto!